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Entenda as Principais Mudanças que Acontecem na Adolescência e Puberdade das Garotas

Oi gente bonita! Tudo bem? A adolescência e a puberdade são etapas do desenvolvimento das garotas entre a infância e a idade adulta que estão associadas.

Mas não são a mesma coisa, explica a médica ginecologista, obstetra e professora, Dra. Sylvia Maria Oliveira da Cunha Cavalcanti, que apoia o movimento nacional “A vida é feita de escolhas”, que tem como objetivo levar informações de qualidade sobre:

  • educação sexual,
  • prevenção da gravidez e
  • planejamento familiar a mulheres e homens em todo o Brasil, principalmente adolescentes.

Ela é membro do Comissão Nacional de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); Mestre em Saúde Materno Infantil; e Especialista em Ginecologia da criança e da adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Dra. Sylvia esclarece que podemos dividir, de forma didática, a adolescência em três fases:

  • 1ª) dos 10-14 anos, quando ocorre a puberdade, as transformações psíquicas e físicas no organismo feminino, a produção dos hormônios sexuais e o despertar da sexualidade, um período que dura, aproximadamente de 2 a 3 anos até as mudanças físicas se completarem;
  • 2ª) dos 14 aos 18 anos, na qual predominam as mudanças psíquicas, com as tensões geradas pela “rebeldia”, além dos questionamentos, das dúvidas e inquietações típicas desta etapa;
  • 3ª) começa, geralmente, a partir dos 18 anos na qual a adolescente tem que aprender a lidar com as responsabilidades, com a escolha de qual carreira seguir, encarar o mercado de trabalho, as opções sexuais e suas consequências etc.

“A fase da adolescência dura em torno de 10 anos e é marcada por transformações biopsicossociais. Quase tudo se modifica: o corpo, a parte emocional, o sistema nervoso e, inclusive, as relações com as pessoas com as quais a garota convive. A puberdade é um processo que faz parte da adolescência e diz respeito às mudanças biológicas”, ressalta a médica.

Corpo feminino toma forma

Na puberdade ocorre o desenvolvimento físico do corpo, tornando a menina capacitada biologicamente para gerar filhos. O marco principal da puberdade para as mulheres é o início da menstruação.

“O processo de crescimento e desenvolvimento ocorre em diversas áreas do organismo e as mudanças marcantes se relacionam à maturação sexual e aos aumentos de altura e de peso. Geralmente, a partir dos dez anos a menina cresce vários centímetros em pouco tempo, sua cintura se afina, os quadris se alargam, os seios começam a ganhar volume, surge uma leve pilosidade no púbis e nas axilas, ocorre o depósito de gordura em locais caracteristicamente femininos, entre outras alterações. Ou seja, o corpo feminino passa a exibir novas formas”, informa a Dra. Sylvia.

A ginecologista alerta que são fases caracterizadas pela ansiedade, insegurança e necessidade de autoafirmação. “Começamos por mudanças que afetam a autoestima e a imagem corporal. Depois, vem o trauma da ruptura do “cordão umbilical psíquico”.

Este é o momento de maior dificuldade com as figuras de autoridade, como pais, professores, médicos, mentores religiosos, entre outros. A terceira fase caracteriza-se pelo temor com o futuro e as incertezas com o amanhã”.

Como lidar com as mudanças?

Como ajudar a adolescente a lidar com essas mudanças, temores e desejos?

“É fundamental ouvir com carinho e atenção, jamais demonstrar menosprezo por suas preocupações, mesmo que pareçam infantis, além de observar seu comportamento, suas amizades. O discurso moralista quase sempre deixa a adolescente contrariada e com atitudes agressivas. Por seu lado, o diálogo afetuoso é capaz de orientar, estimular mais segurança e promover a conscientização”, finaliza Dra. Sylvia.

Toda garota deve receber orientações sobre as mudanças no corpo, o início da vida sexual e as doenças sexualmente transmissíveis, a prevenção da gravidez, a consulta ao ginecologista e a escolha de um método anticoncepcional, entre outros temas relevantes.

Mais informações no site www.avidaefeitadeescolhas.com.br, no Facebook (@vidafeitadeescolhas) ou no Instagram (@avidaefeitadeescolhas_viva).

Sobre o Movimento A Vida é Feita de Escolhas

Consenso entre os principais estudos brasileiros e internacionais sobre o assunto, a orientação é sempre um caminho essencial para a prevenção da gravidez na adolescência, um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

Por isso, o Movimento A Vida é Feita de Escolhas tem como objetivo realizar um trabalho de conscientização para estimular discussões, o engajamento e a mobilização.

A ideia central é trabalhar para que a gravidez na adolescência seja fruto de uma escolha e não um “acidente”. As informações sobre comportamento, saúde e educação sexual terão o respaldo de especialistas, como ginecologistas, sexólogos e educadores.

O movimento conta com site (www.avidaefeitadeescolhas.com.br), uma página no Facebook (@vidafeitadeescolhas), perfil no Instagram (@avidaefeitadeescolhas_viva), material educativo distribuído em consultórios de ginecologia e palestras em escolas.

Referências bibliográficas

  • Brasil. Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Ministério da Justiça, 1990.
  • Brasil/IBGE. Crianças e adolescentes, indicadores sociais. Brasília: IBGE, 2004.
  • Cavalcanti, R.C in vitiello n., et alli ( orgs). Adolescência hoje (3ª edição, mimeo)1987
  • Kaplan S. Conversando sobre saúde com adolescentes, Instituto Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 2007
  • Piaget, Jean. Teoria da aprendizagem na obra de Jean Piaget. São Paulo: UNESP.2009.
  • Pinto, J. M. (2003). Adolescência e escolhas. Coimbra: Quarteto
  • Santos, L. M. M. (2005). O papel da família e dos pares na escolha profissional. Psicologia em Estudo, 10, 1, 57-66.
  • Soares D.H.P.,(2002). A escolha profissional: do jovem ao adulto. São Paulo: Summus.
  • WHO, World Health Organization. Young People´s Health – a Challenge for Society. Report of a WHO Study Group on Young People and Health for All. Technical Report Series 731. Geneva: WHO, 1986.
  • Finer LB, Henshaw SK. Disparities in rates of unintended pregnancy in the United States, 1994 and 2001. Perspect Sex Reprod Health 2006; 38: 90-96. – World Health Organization. Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5 ed. Geneva: World Health Organization; 2015: 268 p.

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